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O Brasil nas mãos de Ciro Gomes

  • Foto do escritor: Admin
    Admin
  • 28 de ago. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de set. de 2022

A partir de hoje, dia 28 de agosto de 2022, será decidido o futuro do país: o primeiro debate entre os presidenciáveis. Se Ciro seguir na linha de bater em Lula desse debate de hoje em diante, é possível que o petista perca algum ponto. Nessa reta final, pode ser mortal.



Desde 2018, o campo progressista segue dividido entre dois grandes nomes: Ciro Gomes e Lula da Silva. Se o último é líder isolado das pesquisas por ter feito pequenas revoluções silenciosas durante o seu mandato de 8 anos e mais os seis de sua sucessora, o outro foi o único que, até agora, nas eleições de 2022, apresentou um projeto claro para o país. A militância de um e de outro continua se digladiando para saber quem tem razão a respeito de 2018: se Bolsonaro ganhou porque Ciro não declarou apoio a Haddad no 2º turno, ou se porque Lula não indicou Ciro ao invés de Haddad.


Independente de quem tenha razão, o fato é que, se Ciro seguir na linha de bater em Lula a partir desse debate de hoje, é possível que Lula perca algum ponto. Nessa reta final, pode ser mortal.


Na semana do debate, Lula caiu de 18% de vantagem sobre Bolsonaro para 9% em MG. Quem acompanha bem a política sabe a importância disso. Entre os evangélicos, Bolsonaro subiu para 49%. Lula caiu para 32%.


Independente de quem esteja com a razão, portanto, o fato é que, hoje, o Brasil está nas mãos de Ciro Gomes.


Do que seria capaz um segundo mandato de Bolsonaro? O coronel da reserva Marcelo Pimentel Jorge de Souza veio a público em junho de 2021 dizendo que os militares pretendem se manter no poder com ou sem Bolsonaro. "Dos 17 generais que formam o Alto Comando do Exército, 15 exercem cargos de primeira ordem. Há militares tanto na administração direta, que é a Esplanada dos Ministérios, quanto nas empresas estatais, autarquias, órgãos de fiscalização", diz ele em entrevista à BBC News. Em maio deste ano, vazou um documento do Instituto Villas Bôas, com apoio do Gal. Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, que é, na verdade, um projeto militar para só largar o poder em 2035. Todos os órgãos de imprensa noticiaram isso.


Há relatos de que o exército não se arriscaria a uma aventura golpista, no sentido de instaurar uma nova ditadura. Ora, mas o mesmo foi dito quando Getúlio foi deposto e se matou antes de ser preso. O mesmo antes de Jango ser deposto e instaurarem uma ditadura que durou 21 anos. O fato é que ninguém sabe ao certo. Em junho, todo o contingente da reserva militar, das três forças, até 41 anos, foi convocado para se apresentar para exercício pleno. O que querem? Um golpe? Preparar-se para um possível contra-golpe?


É que, ao contrário de 1964, quando o golpe veio de cima, dessa vez, o golpe poderia vir debaixo, pela Polícia Militar, em sua maioria apoiadores de Bolsonaro, e que em 2020 estava engatilhada nos 26 estados; aqui, no Ceará, encabeçada pelo Capitão Wagner, que segue na liderança pro governo do estado com 37%, dez pontos à frente do segundo colocado. Divulgaram uma pesquisa nesse final de semana indicando que apenas 17% dos PMs apoiariam um golpe. Ora, quem responderia a uma pesquisa que é a favor de um golpe? Na real, ninguém sabe. Pior: por que fariam tal pesquisa se essa preocupação não fosse real?


O jogo que está sendo jogado aqui é extremamente perigoso. Ciro não ganhará as eleições sem o apoio de Lula. Lula ganhará as eleições sem o apoio de Ciro?!





Léo Mackellene é doutorando em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), mestre em “Literatura e Práticas sociais” pela Universidade de Brasília (UnB). Professor de Argumentação jurídica no curso de Direito e Editor-chefe de Publicações Acadêmicas da Faculdade Luciano Feijão (FLF), em Sobral-CE. Escritor membro da Academia de Letras e Artes do Nordeste (ALANE). Autor de dez livros, dentre eles o romance Como gota de óleo na superfície da água (Radiadora, 2017). E-mail: leomackellene@gmail.com



 
 
 

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